O É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários já faz parte do circuito cultural de São Paulo e do Rio de Janeiro. O evento realiza um importante balanço das mais recentes discussões na área, algumas delas agora publicadas neste volume. A primeira parte do livro aborda a produção em câmera digital e agrupa conferências que partem de questões decorrentes do impacto desta nova tecnologia em confronto com a longa história do documentário. A questão é debatida por Brian Winston e Laurent Roth, tomando como parâmetro a produção européia e americana. A seguir, Russell Porter, Michael Rabiger e Andrés di Tella abordam a produção latino-americana. Entra em cena, então, o documentário brasileiro, com notáveis intervenções de João Moreira Salles, Eduardo Coutinho, Jorge Furtado, Ismail Xavier e Jean-Claude Bernardet, que constituem um dos pontos altos do livro. As diferentes abordagens convergem, no entanto, na afirmação de que quem quiser alcançar uma visão mais complexa da história recente do país, terá de passar, certamente, pelo documentário brasileiro.