O ano era 1956. Parcelas expressivas das populações pobres do interior padeciam de uma doença infecciosa que atingia pele, ossos e cartilagens, provocando deformidades. Era a bouba, causada por uma bactéria e hoje pouco conhecida mesmo entre médicos e profissionais de saúde. Naquela época, porém, representava um dos entraves à integração do sertão com o litoral e ao avanço do país. Defendia-se, pois, a importância das novas tecnologias médicas para curar aqueles doentes e torná-los trabalhadores aptos à agricultura modernizada. Eram os tempos do nacional-desenvolvimentismo. Esta história – que revela os meandros da saúde pública brasileira na década de 1950, em especial durante o governo de Juscelino Kubitscheck – está esmiuçada neste livro, fruto da premiada dissertação de mestrado do autor.