Embora seja utilizado cotidianamente por operadores do Direito, gestores públicos, agentes políticos e líderes de movimentos sociais, o termo discriminação possui uma pluralidade de significados que transcende a sua definição tradicional de um tratamento arbitrário e intencional. Esta compreensão restrita impede a identificação de mecanismos complexos de exclusão, requisito necessário para a emancipação de grupos minoritários. Assim, a ausência de um cabedal teórico suficiente para a investigação das diversas formas de operação dos sistemas de opressão permite a reprodução de discursos e práticas que legitimam a exclusão.