Corporativismo e democracia não são necessariamente incompatíveis, assim como a predominância de interesses privados sobre o interesse público não é um monopólio de corporativismo. O corporativismo pode der entendido como um jogo em que adversários devem substituir a competição pela cooperação. O objetivo do jogo é chegar a um acordo, de forma que ninguém saia totalmente derrotado ou totalmente vitorioso. O árbitro desse jogo é sempre o Estado. Em muitos países, a defesa de interesses legítimos se faz por meio desse jogo. Por que no Brasil o corporativismo se tornou um adjetivo para desqualificar a defesa e até mesmo a defesa de direitos legítimos? Vanda Ribeiro Costa, doutora em Ciência Política, responde a essa questão, neste livro.