Em um breve texto chamado “A Linguagem do Espaço”, tido a princípio como um exercício de erudição literária, Michel Foucault dá conta de uma intuição radical que atravessa a sua obra. A escrita, que de Hölderlin a Heidegger foi devotada ao tempo como resposta a ecos de origens remotas, passa a ser concebida por Foucault como “coisa de espaço”. Junto à análise literária, e abrangendo temas que vão também da epistemologia à política, neste título da coleção Estudos, Tomás Prado investiga em que medida a obra de Foucault pode ser compreendida por intermédio dessa articulação entre a linguagem e o espaço.