O escritor é, antes de mais nada, um otimista (pelo menos é assim que ele nasce). Após juntar letras, formar palavras, frases e conseguir que uma editora dê um tiro no escuro, ou seja, cometa o ato de publicar seu livro, ele passa a jogar em todas as posições no time do Esperança F. C. Caso o leitor colabore comprando a publicação, lendo ou presenteando, o escritor já passa a se achar uma sumidade e logo esquece, premeditadamente, que existem muitos motoristas que também são 'escritores' (que o digam os pedestres, uma vez que árvores, postes, paredes, não falam). Agora, quando as folhas do seu livro se transformarem em aviãozinho, gaivota, barquinho ou viram alimento de traça é porque ele se tornou 'ex-critor'. Você, leitor, quem sabe pouco viajado, por diversas razões, ao ler este livro fará baita excursão, de norte a sul, de leste a oeste do seu país, sem gastar um centavo sequer para conhecê-lo. Entre uma viagem e outra, passeará por diversos esportes, crônicas e, em 'Coisas do desfile', sentir-se-á o próprio desfilante. Para dar cunho de realidade ao acontecimento, irá jurar que foi abordado por um estouvado repórter fazendo aquelas perguntinhas de todos os anos e... 'Inéditas'.