Jovem aluno da Escola Militar, Euclides revelou cedo, em 1888, seu temperamento rebelde e firme: por entusiasmo republicano, discutiu asperamente com o ministro da Guerra, tendo sido preso e desligado do Exército, ainda na Monarquia. Engenheiro, amigo de Júlio de Mesquita, seguiu em 1897 como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo para Canudos (BA), onde testemunhou o final da sangrenta campanha contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Suas descrições da natureza e do homem do Nordeste o consagraram em 1902 como o maior escritor de seu tempo, ao publicar Os sertões, obra monumental que revolucionou a imagem que o Brasil urbano, sulista e litorâneo fazia de si mesmo. Colaborador do Barão do Rio Branco, Euclides chefiou também missão de demarcação de fronteiras na Amazônia, antes de morrer tragicamente.