A física quântica, a cibernética, os avanços da biologia, dentre outros campos, demonstram, com inúmeros exemplos, os limites da perspectiva científica analítica, estabelecendo a necessidade de uma perspectiva complexa, que explique as propriedades emergentes das relações entre elementos sistêmicos, em variados graus de interação. As classes dominantes já se apropriaram das novas ciências da complexidade porque precisam delas para conhecer a realidade complexa e manter a acumulação do capital gerada pela reprodutibilidade do seu metabolismo social. Para o reconhecimento e posterior mitigação/superação de problemas socioambientais no contexto do sistema capitalista, a dialética e a complexidade são fundamentais, pois permitem o estudo das contradições a partir de uma visão de totalidade aberta, capaz de vislumbrar alternativas sistêmicas que contemplem o desenvolvimento humano e a sustentabilidade ambiental.