Vivemos tempos em que o capitalismo se apresenta como o único modelo disponível para os homens, como o caminho adequado para que o destino da humanidade se consume. Vivemos, portanto, uma época em que, em face da propaganda da desmemória, as grandes narrativas parecem se perder. Ainda assim, a literatura luta para preservar seu lugar de principal objeto formador de cultura. Aqueles que a ela se dedicam, sejam eles escritores, críticos ou leitores, continuam a impregnar os sentidos de violência, dor e solidão das vidas humanas (ou desumanizadas) com as tintas de quem afia a reflexão e desfia os nós críticos da história, sendo nesta direção que os textos aqui reunidos procuraram guiar sua contribuição.