Os nomes dos grupos de organismos, mesmo na linguagem comum, são substantivos coletivos, agregando conjuntos de espécies. Roedores, pitangas, moscas e anêmonas, esses são todos nomes que se aplicam a mais de uma espécie. Assim, a compreensão das justificativas para manter grandes grupos corresponde a um assunto de interesse geral tanto mais geral quanto mais abrangente o agrupamento. Na literatura tradicional, os Annelida estiveram juntos como um grupo desde o século XVIII e os Polychaeta há igualmente tanto tempo formam um de seus maiores agrupamentos. Este livro, inaugurando a série Teses, Dissertações e Monografias, vem trazer uma discussão central e ousada sobre esses grupos: aparentemente, anelídeos e poliquetos não correspondem a unidades naturais. De fato, os animais que fazem mudas onicóforos, tardígrados, asquelmintes e artrópodes parecem formar um grupo especializado de poliquetos errantes. Com fundamentação extensa em caracteres e em ampla literatura, a proposta feita pelos autores traz inúmeras respostas, ao mesmo tempo em que levanta inúmeros problemas que até agora passaram desapercebidos da maioria dos especialistas. Suas implicações são relevantes para professores de Zoologia e para todos os interessados na questão das relações entre os grandes grupos de animais, em particular envolvendo anelídeos e artrópodes.