A voz poética sensível e singular de Luci Collin ecoa intensa em Querer falar, percorrendo as falhas e fendas nas palavras, revelando uma potência poética oculta no núcleo de cada verso. O fruto que tinta os dedos e a boca deixando o gosto do verão; a paisagem ocre os ninhos vazios em junho; a chuva quase ilusória de novembro são algumas das imagens capturadas pela escrita fina de Luci; cores, sabores e sensações se desprendem dessas linhas, num raro equilíbrio entre precisão e delicadeza.