O imaginário europeu acerca do Novo Mundo, em geral bastante fantasioso, sofreu modificações ao longo da era dos descobrimentos. Neste livro, o autor procura identificar o mecanismo simbólico que permitiu aos conquistadores registrar seu encantamento diante do novo. Greenblatt não se preocupa em distinguir entre representações falsas e verdadeiras, mas sim em observar atentamente a natureza das construções realizadas pelos europeus ao descreverem a seus compatriotas aquilo que viam e faziam. O autor articula literatura, história e filosofia, passando com desenvoltura dos relatos dos conquistadores à filosofia, das "Viagens de Mandeville" aos versos de O Paraíso Perdido de John Milton, dos ensaios de Montaigne a passagens de Descartes e Spinoza.