Em tempos de pandemia da Covid-19 e sem a pretensão de criar e apresentar respostas para temas tão complexos como a morte e formação médica, mas que, por assim ser, merece holofote e cuidado, tratei de conhecer como se dá o encontro e a formação do médico no concernente ao enfrentamento da morte do seu paciente para possibilitá-lo, a partir da sua experiência de vida e morte, identificar e desenvolver estratégias de expressão e ressignificação dos processos de morte na sua prática profissional em diálogo com sua formação e, identificar, compreender, validar e lidar com as lacunas existentes em suas formações no âmbito da atuação profissional para ressignificar suas experiências de vida e morte no manejo com seu paci ente. Sustentado pelo método fenomenológico, entendido como um exercício reflexivo na construção de novos saberes e produção de conhecimento, ancorado nas ideias de Maurice Merleau-Ponty (2006), Martin Heidegger (2005), dentre outros que abordam a Fenomenologia e o tema da morte em relação à formação médica, de forma a me aproximar das vivências e significações através do acesso às suas experiências pela escuta clínica. Em diálogo com médicos que lidam cotidianamente com a morte no seu ambiente de trabalho e com a proposta de responderem e refletirem as seguintes perguntas norteadoras: o que acontece no encontro do médico com a morte do seu paciente?, o que em sua formação ressoa em seu manejo com a morte de um paciente que está sob seus cuidados?, como se d&aacut e; a for mação do médico no concernente ao enfrentamento da morte do paciente?, a que formação o médico recorre diante da morte de um paciente? e o que seria uma formação médica ideal voltada para as questões da morte e como essa formação poderia ser pensada?. Pôde-se compreender que corpo é vida, consciência e abertura de possibilidade para significação em um movimento dialético que abarca a morte como parte do desenvolvimento humano por meio das experiências de vida e morte tema [...]