Uma gigantesca sesmaria, doada por um nobre português a um cirurgião-barbeiro francês, é alvo de disputa e maldição. Quando um feitor ambicioso desonra o corpo e a história de uma sacerdotisa escravizada, é a terra quem sofre e, com ela, Dona Justa, a rezadeira que é herdeira por direito. Seus poderes lhe diziam que aquela terra estava ligada ao seu destino – dela e de seus descendentes. O sofrimento marcado na terra e cortado pela água não se esvai, só supura como ferida inflamada.

Sete gerações ali viveram, cada uma deixando sua marca. A chuva persistente que não penetra a terra árida e sofrida, os recém-nascidos enterrados, a infestação de cobras, o canto fantasmagórico que vem do rio...