Se quiséssemos desenvolver uma teologia bíblica das palavras, teríamos um vasto material só com as primeiras palavras da Bíblia. O início do livro de Gênesis está repleto de palavras usadas por Deus para criar e ordenar, nomear e interpretar, abençoar e amaldiçoar, instruir e advertir. Quando Satanás entra sorrateiramente em cena como uma astuta serpente, seu primeiro ato é falar, e suas palavras enganadoras têm o objetivo de semear dúvida no coração do ser humano, sobre as palavras proferidas anteriormente por Deus. Quando Adão e Eva se rebelam contra a única restrição feita a eles, usam palavras comuns a nós ainda hoje, para expressar medo, vergonha e acusação. Deus, então, interpreta o novo universo - e também profere as primeiras palavras do evangelho, prevendo o tempo em que enviaria o seu Filho para salvar seu povo e esmagar a cabeça do inimigo. Deus também usa palavras para anunciar a vinda da Palavra (Jesus) em carne, no primeiro versículo do capítulo um do livro de João. E o último versículo do mesmo evangelho diz que, se fossem escritas todas as coisas que Jesus fez, as palavras não caberiam em todos os livros do mundo! E assim, as palavras vão se unindo, vão tomando sentido e criando formas diferentes de pensamento que expressam a comunicação de Deus a nós. E, nós também devemos saber usá-las, com o mesmo objetivo. John Piper e Justin Taylor se aprofundaram nos estudos e nos trouxeram a Palavra como referencial para as nossas palavras, sejam elas ao pensar, falar, cantar, ler, escrever...