O cinema de Hugo Katsuo começa aqui, com palavras, pactos, acordos. O nosso cinema começa com essa alvura que reflete radicalmente a nossa posição em relação aos quadros, às câmeras, aos olhares. E sabemos que os olhares nos fitam. Daqui tentamos desenhar o mapa do lugar. Fora da linguagem, o cinema de Katsuo nos obriga a lê-lo novamente, com menos altivez/e mais atento, nos lembrando dos versos mestres de Hilda Hilst que guiam, também, este Amarelo desordem. Este cinema nos lembra da violência do gaze, que evidencia que o erótico em disputa ainda é um território a ser colonizado, uma diferença a ser consumida. Por isso amarelo, por isso desordem. Adentrar este espaço, habitar a contradição e afirmar pactos de silêncio e de recusa. Tudo aqui se dá na dimensão limítrofe da linguagem com o real. Tudo aqui é um relato visível, mas não público. Em termos de estrutura, Amarelo desordem nos conduz por dois caminhos. De começo, Pós-pornô nos convoca a habitar o pacto da (...)