A primeira parte desse livro foi concebida para retornar às posições essenciais de Freud e de Lacan acerca das ideologias, em particular, daquelas que fazem apologia política de ações revolucionárias. É uma introdução ao questionamento das posições políticas adotadas pelos psicanalistas sobretudo nas redes sociais durante o período que precedeu e que sucedeu ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Para problematizar a adesão cega e muitas vezes inimiga do diálogo da militância política que transpareceu nas redes sociais neste período, fomos conduzidos levantar os seguintes questionamentos. A psicanálise é politicamente conservadora ou progressista? É liberal ou antiliberal? É anarquista, advoga o direito à liberdade da pulsão e ao autismo do gozo com o sintoma singular de cada um? É marxista, comunista, socialista e considera que os direitos e deveres juridicamente definidos pelo Estado moderno nas sociedades liberais e democráticas não são os verdadeiros direitos humanos (...)