Warren Carter lê o evangelho de Mateus como contranarrativa (resistência), mas também como obra de esperança. É texto de resistência enquanto escrito a partir de uma comunidade que procura subsistir diante do status quo dominado pelo poder imperial romano e pelo controle da sinagoga. É então uma resistência a essas estruturas culturais. Porém, enquanto constrói uma cosmovisão e forma comunidades alternativas, indicando outro modo de vida resistente, calcado na promessa da vinda de Jesus, que esta estabelecerá o império de Deus e a salvação de forma definitiva, é um texto de esperança.