A presente obra se dignou a analisar as con­tribuições jusfilosóficas de Thomas More, por intermédio de suas obras, em especial A Utopia, e de suas ações contrárias ao ordenamento ju­rídico e político autoritário. A partir de uma abordagem histórica e interdis­ciplinar, entendeu-se que More foi uma figura ímpar para redefinir os atos de resistência não violentos, como entendidos contemporanea­mente, trazendo na literatura um viés paradig­mático a tanto contrariar os atos e juramentos de soberania proferidos pelo Rei Henrique VIII quanto influenciar novas gerações de pensa­dores ocidentais. Conclui-se que o desencanto é momento pas­sageiro para uma eminente revolução episte­mológica e o termo utopia não pode ser tido como um mero afã, mas como força motriz de mudanças e esperança.