Esta é uma obra organizada para lançar novas luzes sobre o Centenário da Guerra do Contestado, episódio obscurecido pela república repressora e vencedora. Contribui para esclarecer a injustificável barbárie institucionalizada e executada naquela região pelos interesses conjugados de grandes conglomerados estrangeiros e das elites locais, numa suposta resposta ao messianismo fanático e aos conflitos fronteiriços entre dois estados da federação. Um conflito pelo território de existência, para os camponeses, e de extração da renda da terra, para a classe dominante. A atualidade desta publicação, segundo escreve Eliane Tomiasi Paulino no seu prefácio, está no fato de que outros camponeses, hoje nas terras do Contestado, têm à sua frente o mesmo inimigo de classe de outrora, cuja roupagem menos ameaçadora não o torna menos ávido na prática da rapina, que também adquire expressões diversas das de outrora, porque não se trata mais de exterminá-los para retirar-lhes a terra, mas de (...)