Este é o quinto século da era planetária. A irrupção de forças obscuras e bárbaras convive com a mundialização do desejo de vida, de uma qualidade de vida superior. Os indícios de morte e de vida confundem-se. Esta situação agónica não resulta apenas de novas crises que vêm avolumar os conflitos tradicionais. É, antes, um todo que vive de ingredientes conflituais, críticos problemáticos e que encerra em si o principal dos problemas: a impotência da humanidade para se tornar humanidade. A presente obra propõe uma reformulação de pensamento que nos permita conceber todas as coisas no seu contexto e no todo planetário, uma definição das nossas finalidades, enquanto seres terrestres. Privados da certeza da salvação podemos, no entanto, enunciar um evangelho da perdição. Eis-nos suspensos por um ténue fio de vida que envolve este minúsculo planeta, perdido na imensidão do universo. Descobrimos os segredos da nossa árvore genealógica e do nosso cartão de identidade terrestre, a partir dos quais reconhecemos a nossa mátria terrestre, num momento em que as sociedades dispersas pelo globo se tornaram interdependentes e onde se joga colectivamente o destino da humanidade. A tomada de consciência, por parte da comunidade humana, em relação ao seu destino no planeta Terra deverá constituir o acontecimento-chave do fim do milénio. Estamos solidários neste e com este planeta. É a nossa Terra-Pátria.