O movimento de economia solidária tomou impulso no Brasil ao longo da década de 1990 a partir da reorganização de uma série de ações sociais já existentes no cenário nacional tais quais práticas de educação popular, propostas de recuperação de fábricas a partir de práticas autogestionárias, iniciativas associadas ao cooperativismo popular e ao novo sindicalismo, entre outras Atualmente, fazem parte desse movimento experiências heterogêneas de produção, consumo, crédito e comercialização, que se norteiam pelos seguintes princípios- desenvolvimento sustentável, cooperação, democracia participativa, igualitarismo e autogestão As iniciativas solidárias têm enfrentado inúmeros desafios para se afirmar como autogestionárias num complexo cenário em que os processos de conscientização e de rompimento de referenciais subjetivo/culturais, pensados a médio e longo prazo, assumem papel vital A partir daí, o presente livro desenvolve aproximações críticas e analíticas sobre as possibilidades e limitações deflagradas por tais processos, apresentando como ponto de partida uma concepção singular da autogestão como agenciamento coletivo produtor de subjetivações .