A idéia de ecologia urbana registra o homem como habitante das metrópoles e sua necessidade de repensar esse seu novo habitat, em contraposição àquela vida rural levada por nossos antepassados no Brasil de sessenta atrás - a essa época, cerca de 69% da população se encontrava no campo; hoje esse número é de apenas 19%. Mas se a metrópole trouxe melhorias na qualidade de vida do brasileiro - a expectativa de vida passou de 33,6 anos em 1900 para 68,6 anos em 2000 -, agora ela coloca questões importantes como a cidadania, a solidariedade e mesmo a felicidade. Com as novas tecnologias, somado ao aumento de violência nos centros urbanos, o indivíduo cada vez mais é levado a viver dentro de seu microcosmo, de sua casa, cortando passeios, privando-se assim a uma convivência social que acima de tudo ajudou a gerar a feição da sociedade moderna. Tem-se a impressão de que o modelo chegou à exaustão, necessitando de uma urgente reformulação.