Este livro, Tema do Amado Viajante, convida e abriga o leitor na ânsia da revelação que se faz risco poético e o embala num devaneio, num último ou primeiro suspiro de quem sabe que nem tudo que respira é de verdade. No emaranhado de possiblidades, fragmentos vão tecendo relatos de ações interiores em um abril que se abre num espaço-tempo da memória e da entrega. Entrega que se faz pela escrita assumidamente desdobrada por quem escreve, lê e admite, em tom confessional, que pesa manusear um lápis. Logo de início, desci de mãos dadas com o narrador aos porões tal qual Alaíde e, rodrigueanamente, me vi absorvendo cada dia a dia. Fui tragado pelo desdizer de detalhes tantos e proibidos. Fiquei em estado de visitante descobrindo segredos nessa Casa-Diário onde cartas tensionam sentimentos e colagens. As palavras do narrador-autor se metamorfoseiam, e personagens vão se aproximando Armando, Paulo, Marcos e o leitor e são convidados a adentrar essa Casa-Diário, a seguir pelos (...)