Depois do sucesso de O mistério dos jarros chineses e O rei da sarjeta, o autor americano William C. Gordon, volta a explorar sua experiência pessoal como advogado e dono de um bar em São Francisco, para recriar um submundo de crimes e personagens obscuros. Inspirado em histórias e figuras que passaram por seu escritório e em relatos movidos a álcool, o autor traz de volta, em O ANÃO, seu herói, o repórter investigativo Samuel Hamilton. Nessa nova aventura, ele é chamado para uma cena de crime descoberta não por um policial, mas pelo cachorro de Melba Sundling, dona do bar Camelot. Ao levar o animal para seu passeio, ele fareja algo numa lata de lixo: um pedaço de carne com o que parecem ser restos de pele parcialmente envolvido por um saco de aniagem ensanguentado. Seria carne humana? Em poucos minutos, o legista Barnaby McLeod chega à cena do crime. A polícia trabalha rápido e no dia seguinte Samuel publica sua história. A manchete — Há um maníaco assassino entre nós — espalha o pânico na São Francisco do início da década de 1960. Para rastrear os passos do criminoso, Samuel busca a origem do saco de aniagem e chega à comunidade latina. No bairro de Mission conhece a dona do mercado que usa o mesmo tipo de aniagem para vender feijões a vários clientes, dentre eles a Igreja Universal do Desdobramento Mental. As pistas apontam para o anão Dusty Schwartz, imigrante mexicano e pastor da misteriosa igreja. Sua estranha ligação com a dominatrix Dominique — que realiza curas espirituais nos fiéis —, uma pintura antiga que parece roubada e indícios de exploração sexual só aumentam as suspeitas. Mas à medida que a investigação avança, Samuel e a polícia de São Francisco serão obrigados a reconhecer que as aparências enganam.