Ao leitor arguto, também não deve passar despercebido o conflito entre uma visão utilitária e uma visão inutilitaria da arte e do fazer poético. Melhor dizendo: o conflito na passagem de uma visão utilitária para uma visão inutilitária. Repeli, desde o início, a hipótese de "atualizar" teorizações e posturas de textos de cinco anos atrás. Não me interessou mostrar apenas um estágio determinado de homogeneidade teórica. Preferi apresentar, no espaço tempo de um só livro, o panorama de um pensamento mudando. "Me diverte pensar que, em vários momentos, estou brigando comigo mesmo. Espero que todos se divirtam. Não há muito mais a fazer neste mundo."