Andréia Guerini foca sua investigação nas duas vertentes centrais da teoria de Leopardi, o gênero e a tradução. A meditação sobre gênero literário remonta, no hemisfério ocidental, aos gregos, atingindo um primeiro ponto alto com Aristóteles, a meditação sobre a tradução teve uma história mais acidentada. Iniciou-se, no Ocidente, com os romanos, mas prosseguiu de forma descontínua até o último quartel do século XX, quando surge os Estudos da Tradução. Em sua leitura atenta e autônoma, Andréia Guerini aborda Zibaldone por essas duas vertentes do poeta-pensador. Com isso, contribui tanto para os estudos leopardianos como para a emergente disciplina dos Estudos da Tradução. Este livro representa o amadurecimento da universidade brasileira para os estudos leopardianos, e para a italianística em geral. No campo dos Estudos da Tradução, este livro coloca, através de Leopardi, a Itália como centro histórico da tradução literária e das reflexões tradutológocas mais significativas dos últimos séculos.