O que define a TV Pública? O que a distingue, legitima e justifica? Para responder estas interrogações recorrentes, Teresa Otondo propõe uma terceira pergunta como caminho de investigação: para quem e para quê deve servir a televisão pública? Parte da premissa de que ela é necessária para o século XXI como fator de equilíbrio democrático das comunicações sociais, mas questiona a validade e viabilidade da televisão pública na América Latina. A partir da observação da estrutura jurídico-institucional de modelos conhecidos como os da Inglaterra, França e Estados Unidos, de um lado, e do Chile e Brasil, de outro, procura estabelecer critérios e valores que legitimem e garantam o futuro da televisão pública. Ao abordar a noção de serviço público, a autora observa os processos de discussão sobre a televisão pública no âmbito da Comunidade Europeia e do Mercosul, tornando evidente a necessidade de políticas públicas de comunicação para preservar o lugar da televisão pública no universo globalizado da televisão contemporânea, como forma de garantir a democratização da comunicação e o direito à informação no mundo de hoje.