O livro trata os temas da adolescência de maneira leve, porém verdadeira. Em forma de bate-papo, Cybelle usa situações do cotidiano para mostrar como alguns problemas são normais na adolescência. Os pais que lêem se identificam com as situações que ocorrem em suas casas, deixando de ser vistos como super heróis e os seus filhos se comportando de maneira totalmente nova. Tendo por base a psicanálise, a autora explica ao jovem que aquilo que acontece com ele na adolescência é fruto de uma história que não começou ali, mas antes mesmo dele nascer, com o desejo dos seus pais. E que ele é o fruto dessa história. Sem cair no determinismo, Cybelle mostra que a questão é o que ele vai fazer com esta história que recebeu. O que mais preocupa o adolescente, segundo a autora, é a questão da normalidade. Eles se questionam muito se são normais, se é normal ter fantasias sexuais, se é normal não gostar mais da companhia dos pais e preferir os amigos, se é normal se apaixonar por pessoas mais velhas ou do mesmo sexo. São dramas subjetivos, próprios desta fase, em que as emoções estão exacerbadas. A idéia do livro é mostrar aos jovens que esse drama acontece a todos. A solução é crescer, amadurecer, envelhecer. Adolescência não é doença, por isso não tem remédio. Das situações difíceis em que o adolescente se envolve, duas merecem atenção especial da autora: o uso de drogas e os transtornos alimentares. Cybelle mostra ao jovem, sem fazer terrorismo, que ele pode morrer, sim, se abusar da droga e se exagerar na mania de fazer dietas. Por se sentir onipotente, o adolescente acha que nada vai acontecer a ele, que pode usar drogas e parar quando quiser e controlar um quadro de anorexia ou bulimia nervosas. O que eles infelizmente não sabem é que isso não é verdade, que precisam de ajuda profissional para sair destas situações de risco e que infelizmente algumas vezes, mesmo com essa ajuda, o fim pode ser trágico.