Este livro objetiva desenvolver o conceito de mistanásia (morte social, precoce e evitável) pelo viés da bioética social, cotidiana, crítica, latino-americana, integrativa e vivencial, para evidenciá-lo – na agenda da bioética local e global, na produção científica e bibliográfica, e no conteúdo das disciplinas afins – como tema orgânico e transversal na reflexão referente à dignidade do viver e do morrer. O neologismo mistanásia foi cunhado por Márcio Fabri dos Anjos. Trata-se de um conceito já coexistente e subjacente nas reflexões bioéticas, especialmente na América Latina, mas que ainda não aparece de forma clara e satisfatoriamente difusa. O viver sofrido quase sempre leva a morrer fora do tempo ou “antes da hora”. Mistanásia como morte social é um referencial que vem preencher uma lacuna sentida no habitual trio eutanásia, distanásia e ortotanásia, transformando-o em quarteto com a sua inserção.