Giovani, um menino de dez anos, estava interessado em aprender a língua tupi. Em uma sala de bate-papo da internet, procurou por um indígena. Foi nesse contato que ele conheceu Curumim Poranga, descendente de índios, que revelou um segredo a Giovani: ele já falava tupi. Pesquisadora e estudiosa da cultura indígena, Neli Guiguer dá uma lista de palavras oriundas do tupi que nomeia os lugares, a fauna e a flora do Brasil. Fio condutor que faz uma proposta de reflexão sobre a identidade do povo brasileiro, que, mesmo sendo resultado de uma mistura de etnias, há de lembrar que os verdadeiros descobridores deste solo-mãe foram os indígenas. Tão espantado quanto Giovani, o leitor deverá ficar, tamanha a influência do tupi no português falado no Brasil. As ilustrações de Fernando Vilela acompanham o tom jovial que a autora imprimiu no texto e derrubam o estereótipo do indígena isolado, vestido de tanga, vivendo nas matas, longe dos benefícios que a tecnologia proporciona.