Hobsbawn observou que durante o século XX não foi possível comparar suas décadas com qualquer outra época anterior e o século XXI caminha para sua inigualável temporalidade. A partir da segunda década, esse século vem passando por modificações extremamente rápidas e a primavera árabe é um dos grandes exemplos, mas não o único. As transformações estruturais em sociedades conservadoras com modelos de governo de pouca participação popular parece não encaixar nos propósitos do sujeito pós moderno, como descreveu Hall. Para ele, o sujeito pós moderno é aquele composto de múltiplas identidades abertas que estarão em processo de formação até o fim da sua vida, logo, consideradas inacabadas. Dessa maneira, o sujeito determina que o ciberespaço seja a criação de inúmeras identidades a partir do olhar daquilo que o sujeito queira se transformar para aceitação e pertencimento a determinados ou múltiplos grupos.Para uma melhor compreensão do processo social, este livro capta essa metamorfose em distintas regiões para que o leitor possa se situar no contexto dos conflitos e como eles tendem a nascer. Todo o processo vivenciado no passado requer seu aperfeiçoamento. A revolução do microcrédito de Muhammad Yunus, a soberania nacional, o sentimento de Pátria, a territorialidade, noções de povos, governos de direita e governos de esquerda etc. Criou-se o sentimento de que o mercado dita as ações governamentais e as noções maiores do que seriam os governos de direita, de centro ou de esquerda (e todas as suas derivações) ganharam novas perspectivas.Em junho de 2019, durante o encontro das vinte maiores economias mundiais (G-20), nasce a proposta de acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia que pode gerar um incomensurável tratado entre os países. Assim, as transformações sociais, econômicas ou políticas requerem novos avanços que não foram sentidos anteriormente e o sujeito pós moderno está inserido nessa perspectiva.