A maneira como a humanidade encara sua própria história tem mudado pronunciadamente nos últimos séculos. Em algumas obras importantes, esta mudança de sensibilidade tem sido particularmente perceptível. Foi assim com todo o trabalho da historiografiafrancesa pós-Segunda Guerra Mundial, e parece ser assim com o trabalho de alguns nomes fundamentais da historiografia inglesa. É assim com Theodore Zeldin, um scholar da Universidade de Oxford que já publicou diversos trabalhos ambiciosos importantes, especialmente sobre a França, e que no final do ano passado lançou aquele que talvez seja seu livro mais marcante, UMA HISTÓRIA ÍNTIMA DA HUMANIDADE. Como o próprio autor explica, esta é uma obra onde o leitor não achará a história como ela é exposta em museus, com cada império e cada período cuidadosamente separado. O que ele deseja é escrever sobre o que não fica parado, sobre o passado que ainda está vivo na mente das pessoas hoje