Em Janis, ao evocar a figura da cantora norte-americana Janis Joplin, se apresenta um monólogo construído a partir de sua vida, assim como de sua morte, ocorrida em 1970, quando tinha apenas 27 anos de idade. Numa cronologia não linear, o autor Diogo Liberano se inspira em situações vividas por Janis para lançar olhares sobre questões relacionadas à vida e à morte, à criação artística e ao sucesso, bem como aos dilemas amorosos e existenciais de uma das maiores e mais emblemáticas cantoras de todos os tempos. Entre os capítulos que compõem a dramaturgia, músicas marcantes na meteórica trajetória de Joplin apresentam uma sugestão de quem foi Janis e como sua criação traduziu seu inconformismo com os valores da época. Como uma dramaturgia de evocação, mais do que mostrar um retrato final da artista, Janis busca convidar o leitor-espectador a ver e a rever o mundo de hoje assumindo uma outra posição: a dela.