Paul Cézanne, um dos maiores pintores modernos, chamado por Pablo Picasso de «O Grande Mestre», é tomado nesse livro como a referência fundamental de ruptura com a arte, a ciência e a filosofia clássicas. O livro descreve como Maurice Merleau-Ponty vê na obra do pintor uma possibilidade de superação de uma filosofia que não leva em consideração o contato primordial com o mundo e o transforma em pensamento. Cézanne habita o mundo e faz parte dele, por isso não precisa pensá-lo para pintar, mas apenas vivê-lo. A construção da expressão na tela é realizada por Cézanne por meio de uma promiscuidade entre o visível e o invisível que possibilita, por um ato criador, a experiência do Ser enquanto presença.