Com um enfoque multidisciplinar sobre a questão da maturidade no contexto do desenvolvimento, essa coletânea reúne em sete capítulos diversos aspectos do tema. O capítulo que abre a coletânea trata da evolução dos significados de maturidade, velhice e envelhecimento nas disciplinas comportamentais do desenvolvimento. Irene Sad escreve um texto pessoal e sensível, mostrando que a maturidade é o produto da interação entre elementos da cultura e a subjetividade. Sueli Freire e Marineia C. de Resende ocupam-se da questão da autotranscendência, com base em proposições humanistas de Victor Frankl. O aspecto central do modelo liberador proposto pelos autores do quarto capítulo é o da mediação desempenhada pela subjetividade no alcance de níveis mais avançados de autoconhecimento e de autonomia. Ligia Py e Eloisa A. Scharfstein focalizam os afetos, o corpo e a morte de um prisma psicanalítico e Newton Aquiles von Zuben trata dos significados da finitude de um ponto de vista filosófico. Cada um a seu modo, os dois capítulos mostram como viver plenamente a maturidade e a velhice depende de ressignificar a finitude. Apresentando fragmentos da poética clássica, Joaquim Fontes encerra o livro com um texto instigante, cuja densidade crítica contribui para a compreensão da velhice como realidade socialmente construída