As lembranças são engraçadas. Quando percebem que não estamos cuidando bem delas, decidem agir por conta própria. E se insistirmos em ignorá-las, dão um susto na gente. Seria cômodo para a autora Marilene Lemos sentar em um canto e trazer essas memórias de volta à vida do jeito que ela mais gosta: oralmente, já que é uma contadora de histórias, e das boas! Mas se ela queria registrar as memórias do tempo de menina, não poupou esforços. E quem agradece é o leitor.