Fenoglio tinha uma preocupação exaustiva com a forma. Para além da denúncia do momento histórico, percebemos um culto à palavra que só os amantes da verdadeira arte conseguem exercer. Durante e após a Segunda Guerra Mundial, sua arma preferida foi a que melhor sabia manejar: a palavra. A narrativa de Uma questão pessoal, desenvolvida a partir de dentro da Resistência, tem como centro um triângulo amoroso. Torna-se assim universal, uma vez que lida com os mais íntimos conflitos da alma humana: a paixão, o ciúme, a morte, o desencanto.