Este livro parte de uma questão: existe sujeito na loucura? Tomando esta questão como mote, a autora, psicanalista, que desenvolve sua pesquisa no Instituto de Psiquiatria da UFRJ, apresenta uma reflexão sobre a psicanálise numa instituição psiquiátrica, a partir de um trabalho original com pacientes internados ou não, sem recuar diante do diagnóstico, na certeza de que mesmo nos casos mais graves resta sempre algo a partir do qual se possa construir. O psicanalista deve operar como testemunha de que há um sujeito ali onde o que aparece dele é nomeado tão somente como uma produção sintomática ou como um código nosológico. Este livro constitui um brado contra essa clínica sem sujeito, contra a racionalidade científica moderna que exclui a singularidade do paciente do seio mesmo do saber.