Para comemorar o dia de São João, o povo de Ferreiro, um lugar antigo onde começou Goiás, todos os anos fazia uma festa à velha moda com muita comida, potes de doces, música, fogos e fogueiras queimando no largo da Igreja. Naquele ano, para agradar o padre, nada melhor que caprichar no almoço e servir um pato novo com arroz molinho. Para espanto de todos, no ritual de depenar, despenujar e cortar o pato, a cozinheira encontra uma linda moeda do ouro, datada de 1816, com a efígie de D. João VI. Assim começa, no povoado, grande confusão e mistério. Cora Coralina, mestre na arte de lidar com a palavra e de resgatar a cultura de sua terra e de sua gente, diverte e encanta o leitor com essa narrativa em forma de carta. Carta esta escrita para seu neto, Carlos Magno, em 14 de abril de 1965.Para comemorar o dia de Sao Joao, o povo de Ferreiro, um lugar antigo onde comecou Goias, todos os anos fazia uma festa a velha moda com muita comida, potes de doces, musica, fogos e fogueiras queimando no largo da Igreja. Naquele ano, para agradar o padre, nada melhor que caprichar no almoco e servir um pato novo com arroz molinho. Para espanto de todos, no ritual de depenar, despenujar e cortar o pato, a cozinheira encontra uma linda moeda do ouro, datada de 1816, com a efigie de D. Joao VI. Assim comeca, no povoado, grande confusao e misterio. Cora Coralina, mestre na arte de lidar com a palavra e de resgatar a cultura de sua terra e de sua gente, diverte e encanta o leitor com essa narrativa em forma de carta. Carta esta escrita para seu neto, Carlos Magno, em 14 de abril de 1965.