'Em seu livro, Marianne Nassuno procurou demonstrar até que ponto o orçamento participativo de Porto Alegre foi uma experiência real de participação política, apesar de limitada. E ainda mais, ela demonstra o quanto o êxito dependeu da organização pública. Ao concentrar sua atenção nesse ponto, a autora faz uma contribuição importante para o estudo da participação. Porque esta é uma forma de exercício de poder que só se transoforma em realidade se as respectivas leis e políticas públicas forem bem executadas pelo aparelho do Estado. Na participação política democrática os agentes são os cidadãos e os políticos eleitos, mas os servidores públicos têm o papel fundamental de estruturar e viabilizar em ações concretas a manifestação da vontade popular. É esse o papel da administração pública no caso do Orçamento Participativo de Porto Alegre que Marianne analisa com profundidade e rigor.' - Luiz Carlos Bresser-Pereira.