O livro de estreia de Thiago Liberato revela um poeta com amplo domínio das formas, da métrica às rimas porém o que conta aqui, muito mais do que a forma, é a riqueza e a variedade de conteúdos: a miscelânea de emoções, alegrias, tristezas, amores, verdades, mentiras, raivas, brigas e traumas que nos tornam seres imperfeitos O choro por um amor que se perdeu no tempo, mesmo certo de que ele era errado. Se arrepender sem a certeza de ter cometido erros. Simular uma situação distante da realidade. Lamentar e retaliar por feridas antigas, porém ainda abertas. Se apaixonar perdidamente, fitando o teto do quarto, sem conseguir sequer se enxergar. A renúncia a um futuro de cinema. O alívio que nos preenche, repentino, quando menos se espera. Ser imperfeito é exatamente isso. É continuamente se conhecer por conta das imperfeições que nos fazem seres voláteis. E, deliciosamente, continuamos imperfeitos, a cada dia, descobrindo mais uma falha ou um brilho que se esconde em nós mesmos(...)