Quando desapareceu de Curitiba, abandonando a bem-sucedida carreira de professor universitário e um casamento aparentemente feliz, Frederico Rennon deixou como pista apenas algumas cartas escritas no computador, endereçadas à atriz Sara Donovan. As primeiras mensagens são quase protocolares, e aos poucos as trocas vão ganhando novos contornos, à medida que o professor e a atriz se envolvem em uma paixão improvável. Porém, a progressiva derrocada da face virtuosa do professor é comentada, contestada e ridicularizada por seu filho, que, após o sumiço definitivo do pai, decide transformar o caso em um livro. Cristovão Tezza enreda o leito no embate entre essas duas versões conflitantes. Em que relato confiar, nas cartas do respeitável professor que tem a vida virada pelo avesso após se apaixonar, ou na narrativa do filho, ovelha negra da família? • Prefácio inédito do autor, em que ele explica o processo de criação do romance, escrito nos Estados Unidos em 1994, quando o autor esteve no programa Ledig House, da fundação americana ART/OMI. • A publicação de O filho eterno, em 2007, teve um impacto inédito no panorama ficcional do país: o livro obteve os mais importantes prêmios literários brasileiros (entre eles Jabuti e Portugal Telecom) e já foi traduzido em uma dezena de países.