Desde a Antigüidade, veneno e História caminham lado a lado. Cleópatra usou o de uma cobra para livrar-se da humilhação de cair prisioneira dos romanos. Napoleão teria sido vítima do arsênico. Saddam Hussein encontrou seu fim na forca por ter, entre outros crimes, envenenado aldeias inteiras de curdos com gás letal. É dessa relação tão próxima que Arkadi Vaksberg tira o fio condutor de seu novo livro, "O Laboratório dos Venenos: de Lênin a Putin", que desvenda o uso de substâncias tóxicas como arma política na Rússia, desde a extinta União Soviética, no início do século XX, até o momento atual. Trata-se de um livro imperdível para quem quer entender os meandros do jogo político de bastidores, onde espionagem e assassinatos são lugar-comum, "O Laboratório de Venenos" é também uma excelente aula de história dos últimos cem anos.