As filosofias da Antiguidade grega asseguram que o mundo é único. Deste mundo, a Terra é o centro, e o homem, superior aos outros seres vivos, possui o melhor lugar. Nenhuma questão de pluralidade dos mundos se apresenta, exceto para alguns filósofos pouco ortodoxos, que a trazem à tona. O desejo por outros mundos transparece então por caminhos oblíquos, por exemplo, quando é evocada a existência de mundos possíveis... De que tipo são esses mundos possíveis? Onde eles são encontrados? Eles são habitáveis? Estas são as perguntas a que este livro tenta responder. Depois de ter explorado a possibilidade de que a arte "abre um mundo", conforme a consagrada fórmula, ou de que o cibermundo seja efetivamente outro mundo, a autora levanta a hipótese não apenas da existência, mas da realidade dos mundos possíveis, e enfrenta as consequências práticas de tal proposição.