Embora Grotowski não priorizasse o uso de palavras, criava termos com mestria para apontar o vínculo entre arte e vida. Afirmava que o ser humano atua tão perfeitamente no cotidiano, a partir de máscaras condicionadas, que no teatro basta um descortinar-se para alcançar uma verdade cênica. O ator, sendo sincero consigo, desvela-se com e para o outro, não se tratando de atuar com extraordinária técnica nem colocando o espectador em espécie de encantamento sobre o que vê. A excelência está na revelação humana do indivíduo durante o trabalho artístico, atingida por um caminho do meio, pelo encontro e pelo equilíbrio entre estrutura e espontaneidade.