Por que as piadas fazem rir? Os buracos dos queijos existem? O que é uma "coisa" e, aliás, o que a galinha tem ver com isso? Em que mundo vive um morcego? Por que enxergamos luzinhas piscando quando fechamos os olhos? Essas são algumas das questões de Parece mas não é - 60 experiências filosóficas para aprender a duvidar, do filósofo italiano Ubaldo Nicola, que chega às livrarias brasileiras num lançamento da Editora Globo. Nele são propostas experiências que o leitor pode facilmente realizar e que certamente vão ajudar a ver o mundo de forma diferente. Se a base para se chegar a novas respostas está em fazer as perguntas de modo diferente, Ubaldo Nicola as coloca como jogos. Será essa uma obra de filosofia séria? Certamente. O livro parte da idéia de que "todos somos filósofos" e que é impossível viver sem filosofar. Se essa forma de pensamento, que em tudo deve ser um antídoto contra o lugar comum e o convencional, acabou fechada em um círculo acadêmico, Parece mas não é representa uma poderosa ferramenta para devolve-las às pessoas comuns e às ruas. E faz isso de maneira divertida, instigando a imaginação e a participação de quem lê. São essas pessoas comuns mas curiosas que vão se surpreender e deliciar com as respostas para enigmas que fazem parte de nosso cotidiano, e sobre os quais nunca pensamos. Entre o mundo da filosofia e as questões mais comuns do dia-a-dia, Ubaldo Nicola propõe uma ponte com seus questionamentos que, se num primeiro momento lembram o pensamento da infância, acabam por tocar em assuntos profundos. Não é para menos. Afinal de contas, só conseguem fazer perguntas realmente desconcertantes as crianças muito pequenas e os filósofos muito grandes.