Daniela Vieira examina a produção musical dos Mutantes para compreender tanto o significado histórico do experimentalismo na trajetória do grupo paulista entre fins da década de 1960 e meados da década de 1970, quanto o motivo da mudança sonora ocorrida no conjunto a partir de 1971. Daniela compreende e problematiza como essas experimentações vinculavam-se a evidentes aspectos da sociedade no período, como, por exemplo, a consolidação da Indústria Cultural Brasileira. Embora pareça contraditório, ela demonstra como foi, justamente, com a reorganização da Indústria Cultural Brasileira que os Mutantes puderam realizar as suas várias experimentações sonoras.