Esta obra trata do comportamento de pentecostais e neopentecostais no cenário político nacional. A novidade dessa pesquisa foi desnudar estratégias e práticas de igrejas que atuam de forma corporativa para conquistar o poder, principalmente nos parlamentos brasileiros, com eficácia e efetividade que podem causar inveja a alguns partidos políticos. Foram selecionadas as duas maiores igrejas do campo pentecostal e neopentecostal, respectivamente, a Assembléia de Deus, em suas diferentes versões, e a monolítica Igreja Universal do Reino de Deus. Em algumas passagens comparece, também, a Igreja do Evangelho Quadrangular. A abordagem permitiu estabelecer comparações entre esses atores institucionais, com a aplicação de recursos teóricos da sociologia e da ciência política. Foram examinadas formas de escolha de candidatos, táticas eleitorais e comportamento dos eleitos dessas igrejas no exercício do mandato. Trata-se de texto útil, portanto, para os que se interessam pelo processo democrático brasileiro, considerando seus desdobramentos face ao ingresso desses novos atores coletivos. De igual modo, é uma obra que se dirige aos próprios personagens do livro, para que estes confrontem suas práticas com os vícios e virtudes da cultura política brasileira, na qual estão inseridos.