O potencial educativo do Princípio Responsabilidade para pensar a civilização tecnológica: Uma proposta jonasiana tem a virtude de trazer Hans Jonas para o campo da educação, que, para a autora é um campo privilegiado para a análise da construção e a desconstrução dos conhecimentos éticos, já que é por meio do conhecimento que é possível regulamentar e garantir a sobrevivência e a permanência da vida. Dadas as circunstâncias oriundas dos riscos tecnológicos e seus impactos negativos para o meio ambiente, é imperativo que a reflexão ética, o sentimento de responsabilidade, faça parte dos projetos educacionais voltados às urgentes questões socioambientais, com o objetivo de fomentar o questionamento crítico em torno das ambiguidades apresentadas pelo progresso tecnológico e científico, com bem o fez Hans Jonas, expondo sem receio todos os perigos que o acompanham. Uma vez que o destino da humanidade é uma incógnita, pois o futuro permanece aberto e imprevisível, e toda esta incerteza implica na necessidade de saber lidar com o risco e com a precaução, inserir o pensamento jonasiano no campo da educação, como a autora faz com maestria, é um tributo a todos que olham para o futuro pelas lentes do cuidado e da responsabilidade